Continua TORGA - RETRATOS E PAISAGENS

Miguel Torga é um nome maior da literatura portuguesa e toda a actividade cultural que se possa realizar à volta da sua obra será sempre semente frutuosa. Foi com enorme empenho e entusiasmo que a Árvore, a convite da Direcção Regional da Cultura do Norte do Ministério da Cultura, se envolveu no projecto – INTERREG (Projecto Inter-Regional da Direcção Regional da Cultura do Norte onde se incluem as mais diversas formas de manifestação artística e consequente divulgação cultural). Assim a cultura é mais uma vez causa de aproximação de regiões e de “abolição” de fronteiras.



A abertura desta mostra realizou-se na sede da Árvore, de 5 a 27 de Julho de 2007, seguindo para o Teatro de Vila Real, de 12 a 31 de Agosto; Museu de Lamego, de 9 a 30 de Setembro; Biblioteca Pública de Zamora, de 3 a 30 de Outubro; Centro Cultural de Bragança, de 7 a 30 de Novembro.

Inaugura agora na Biblioteca Municipal de Chaves, no dia 7 de Dezembro de 2007, pelas 18h30, onde estará patente até ao dia 31 do mesmo mês, terminando esta itinerância.


Graça Morais dedica mural a Miguel Torga

A pintora Graça Morais participou na homenagem a Miguel Torga, com a elaboração de um mural alusivo à forma como o escritor retrata Trás-os-Montes.

A obra de arte, inaugurada em Março, encontra-se na entrada principal da Escola Secundária Miguel Torga, em Bragança, que, este ano, está a desenvolver um conjunto de actividades para homenagear o patrono.

Para Graça Morais, o mural é um tributo ao escritor, mas também à escola, que “está a desenvolver um trabalho extraordinário”. “Estou muito feliz, porque acho que está muito bem colocado. Se o Torga ainda estivesse entre nós, penso que também ia gostar, visto que o universo dele está representado na figuração que se pode ver”, acrescentou a artista.

Para elaborar a tela, Graça Morais afirma que não precisou de se inspirar na obra do escritor, uma vez que o seu trabalho se mistura um pouco com o de Torga, que fala de Trás-os-Montes, da sua vivência e das gentes da sua terra.


A mulher, a natureza e os bichos são as figuras que saltam à vista no mural, patrocinado pela Fundação EDP.

“É o universo ligado ao ser humano, aos bichos e à beleza das paisagens de que o escritor tanto fala nos seus livros”, acrescentou a pintora.


A inauguração da obra de Graça Morais foi feita pela mão da ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, que se deslocou a Bragança para participar nas comemorações do centenário do escritor e do vigésimo aniversário da Escola Secundária Miguel Torga.


Graça Morais defende a interacção do Centro de Arte Contemporânea com as escolas.
O trabalho desenvolvido pela pintora também é enaltecido no Centro de Arte Contemporânea de Bragança, que deverá ser inaugurado em 2008.

Graça Morais dá o nome ao espaço cultural, que vai disponibilizar aos visitantes parte da obra da artista transmontana.

A ligação do centro às escolas é um objectivo que a pintora gostaria de ver cumprido, para que os jovens tenham acesso a obras de arte de qualidade.
“Quando estudei no Liceu sentia um grande isolamento. Na altura, já tinha uma grande necessidade de ver arte e as únicas pinturas a que podia ter acesso era no Museu Abade de Baçal.

Por isso, gostava que os jovens possam ver neste centro a minha pintura e a pintura de grandes artistas”, salientou a pintora.
Ajudar a desenvolver a cultura em Vila Flor é, igualmente, um dos objectivos de Graça Morais, que está a participar no processo de criação de um Centro de Arte na vila.

“Trata-se de um projecto mais pequeno, no qual estou disposta a colaborar, uma vez que é uma terra à qual estou ligada desde a minha infância e que me tem oferecido muitas ideias para o meu trabalho”, realçou a artista. Apesar desta obra ainda se encontrar numa fase embrionária, Graça Morais acredita que se vai concretizar e vai contribuir para a valorização da vila.

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