Pinturas de Graça Morais ficam na Biblioteca até dia 20


“Silêncios” incluiu 27 obras da artista transmontana

Porque são imagens feitas em silêncio; porque são imagens que falam para dentro; porque são imagens que convidam à reflexão. Eis as razões porque se intitula “Silêncios” o conjunto de 27 obras, pinturas e desenhos, que a mais conhecida das pintoras transmontanas, Graça Morais, tem expostas, desde a sexta-feira da semana passada na Biblioteca Municipal de Chaves. A mostra de Graça Morais é a primeira de três exposições de artistas de renome nacional (Álvaro Siza Vieira e José Rodrigues, serão os próximos), previstas para este ano no âmbito da política cultural da Câmara. No dia da inauguração, a pintora falou precisamente na importância do silêncio “num mundo com tanto barulho”. “Até mesmo no campo é difícil conseguir um ambiente em silêncio”, disse, ao Semanário TRANSMONTANO, Graça Morais, lembrando que o silêncio convida à “reflexão” e ao “pensamento”, ao contrário da cultura dos centros comerciais, onde “ninguém pensa, e somos impelidos a compras aceleradas”. Esta é a primeira exposição de Graça Morais em Chaves, uma cidade que diz muito à artista. “Gosto imenso de Chaves. O meu primeiro marido era de Chaves e passei cá muitos natais”, referiu. O local da exposição também é do agrado da pintora. “São locais de grande frequência e onde se pode conjugar a pintura com a literatura”. A mostra via estar patente ao público até ao próximo dia 20. Quem é Graças Morais? Natural da localidade de Vieiro, em Vila Flor, no distrito de Bragança, Graça Morais é licenciada em pintura pela Escola de Belas Artes do Porto. A sua obra, onde prevalecem rostos e figuras, está marcadamente ligada às suas raízes e à cultura transmontana. Além de uma série de exposições individuais por vários pontos do país, já expôs em galerias de países como Nova Iorque, Itália, Brasil e Espanha. E os seus desenhos ilustram escritores como José Saramago ou Sophia de Mello Breyner Andresen, entre outros. As suas pinturas estão ainda presentes numa série de painéis de azulejos em vários locais do país e, inclusivamente, numa estação de metropolitano em Moscovo, na Rússia.

texto retirado do Semanário Transmontano

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